Serviços ecossistêmicos para reduzir os impactos sociais causados pelas mudanças ambientais foram analisados por pesquisadores do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Políticas públicas de cunho socioambiental para a Amazônia estão em destaque no artigo “Ecosystem protection and poverty alleviation in the tropics: Perspective from a historical evolution of policy-making in the Brazilian Amazon”, liderado por Patricia Pinho, do INPE. Participaram do estudo Jean P Ometto e Peter M Toledo, também do INPE, e pesquisadores da Universidade de Edimburgo (Reino Unido), Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Confira aqui o artigo.
Segundo os autores, apesar do aumento da reflexão acadêmica sobre os vínculos entre os serviços dos ecossistemas e a redução da pobreza em nível mundial, pouco esforço tem sido dado para ligar estes paradigmas com a formulação de políticas públicas num contexto regional. O artigo aborda esta questão apresentando perspectivas sobre a evolução histórica das políticas ligadas às questões ambientais e sua relação com questões de pobreza na Amazônia brasileira. Para isso, foi realizada uma análise do contexto político e de que forma os programas multilaterais e internacionais influenciaram e ajudaram a moldar a formulação de políticas nacionais e regionais na Amazônia.
Em segundo lugar, através da análise de conteúdo político, os autores fornecem uma discussão aprofundada dos serviços ecossistêmicos ligados a políticas de combate à pobreza implementadas na Amazônia. Os resultados mostram dicotomias entre os programas ambientais e sua eficácia social e, também, entre as agendas ambientais e as de desenvolvimento. Contudo, os pesquisadores observaram que mais recentemente algumas tentativas foram feitas para fornecer políticas que englobam ambos os temas. O trabalho traz ainda um quadro que mostra a análise de políticas que podem ser aplicadas em outros países tropicais do mundo.
Fonte: Assessoria de Imprensa do INPE