Na sexta-feira 6 de janeiro de 2017, foi encaminhado à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC na sigla em inglês) o documento da submissão brasileira de nível de referência de emissões florestais (FREL) do bioma Cerrado, também denominado FREL Cerrado. Organizado em aproximadamente 80 páginas, o documento tem por objetivo estabelecer o nível de referência que será utilizado para calcular os resultados de redução de emissões de desmatamento no bioma Cerrado.
Acesse aqui o documento de submissão do FREL Cerrado em português e em inglês.
Assim como a submissão anterior, relativa ao bioma Amazônia (clique aqui para mais informações sobre o FREL Amazônia e outras submissões), o FREL Cerrado segue a estrutura acordada na decisão 12/CP.17 da UNFCCC. O conteúdo envolve pontos como a informação utilizada na construção do FREL, demonstração de que a informação é transparente, completa, consistente e acurada, demonstração de quais reservatórios, gases e atividades foram incluídos no FREL e dados sobre qual definição de floresta foi empregada na submissão. De maneira complementar, o FREL Cerrado proporciona acesso a diferentes bases de dados externas e públicas que permitem a completa reconstrução dos dados e cálculos.
A submissão, sobre um bioma tão singular em termos de vegetação e dinâmica do desmatamento representa um marco no trabalho do Grupo de Trabalho Técnico sobre REDD+ (GTT REDD+), que se dedicou a organizar dados e informações sobre o bioma desde 2015. Finalizada a elaboração do esboço de submissão, o GTT REDD+ validou o texto em sua sétima reunião, realizada em dezembro de 2016. A próxima etapa é a avaliação por especialistas indicados pela UNFCCC, processo que deve ocorrer durante o ano de 2017. O FREL Cerrado só será disponibilizado no Lima REDD+ Information Hub após a conclusão da avaliação. Até lá, segue disponível no Info Hub Brasil a versão encaminhada em 6 de janeiro.
A submissão deste novo FREL marca a continuação do esforço do País na direção de um FREL que contemple emissões de todos os biomas brasileiros, o que irá viabilizar a definição de um FREL Nacional. Neste sentido, o GTT REDD+ segue seu trabalho na organização de insumos para submissões de FREL para outros biomas brasileiros.